O processo legal chamado “Migração das AMs”, até a primeira metade do mês de dezembro de 2014, atingiu as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, chegando, também, aos estados do Espírito Santo, na Região Sudeste, e ao Paraná, na Região Sul.
A migração atingirá São Paulo, o estado mais populoso do país, entre março e abril de 2015.
O processo visa à mudança das rádios AMs brasileiras para a faixa FM com a finalidade de melhorar sua captação por parte os ouvintes.
Eduardo Cappia, da EMC Projetos e diretor do comitê técnico da Associação das Emissoras Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), tem a seguinte expectativa sobre a evolução das migrações: A expectativa é de que 60 por cento dos canais da migração em território paulista sejam em faixa estendida, devido à grande ocupação de serviços de radiodifusão no FM de São Paulo (capital e interior). O percentual das rádios que optaram pela migração atinge é de 39,24 por cento.
Os estados do Espírito Santo, da Região Sudeste, e do Paraná, da Região Sul, constam da estatística. Onde não houver espaços no FM “convencional” (88.1 MHz a 107.9 MHz), as AMs migrantes serão realocadas na faixa estendida (76 MHz a 87 MHz). Amplia-se, assim, o espectro para FM no país.
Dessas estações migrantes, 83 serão conduzidas à faixa estendida, totalizando 139 nessa fase de consultas públicas e efetivações. “Este número é crescente e poderá ter outras mais no estado do Paraná quando forem analisadas as questões da região de fronteira e à medida que o processo atinge agora Santa Catarina”, informou Cappia por meio de um comunicado.
Ficam de fora 44 canais na região de fronteira com Argentina e Paraguai. É previsto um ajuste nos próximos meses devido à complexidade da ocupação do FM nessas áreas, bem como a “Zona de Coordenação” que envolve os três países.
O estudo elaborado mostra a seguinte situação:
A Rádio Difusora AM 1340 de Rio Negro (PR), emissora que migrará para 101.1 FM com classe A4, atingirá atingindo o espectro de Santa Catarina. A situação mostra que o estudo em território catarinense foi concluído e foi disponibilizado para consulta pública no mês de janeiro de 2015. Há também a situação de Rio Negro, uma cidade paranaense situada na divisa com Santa Catarina, tendo a catarinense Mafra como vizinha.
A migração deverá atingir o estado mais populoso do país entre março e abril de 2015, tendo a sua consulta pública detalhada nesses meses. Segundo Cappia, a expectativa é de que 60 por cento dos canais da migração em território paulista sejam em faixa estendida, devido à grande ocupação de serviços de radiodifusão no FM de São Paulo, capital e interior. Cappia informa que é possível que as regiões de Fernandópolis e Jales, noroeste de São Paulo, tenham a migração das AMs atendidas pela faixa de FM convencional, ou seja, com as migrantes ocupando canais entre 88.1 MHz e 107.9 MHz.
“Aconselhamos aos profissionais habilitados que representam as emissoras migrantes que fiquem atentos às inclusões propostas e façam as suas contribuições específicas no próprio site da Anatel sobre os canais correspondentes”, alerta Cappia em seu comunicado.
Cappia apresentou o número de canais em FM estendido que deverão ser utilizados após os estudos realizados sobre a migração e as consultas públicas. Os dados foram apresentados no último dia 12 de dezembro no “Encontro da Radiodifusão” realizado pela AESP, que teve cobertura do Tudo Rádio.
Estados e número de estações que devem ir para o FM estendido:
Bahia / 7 canais
Ceará / 9 canais
Distrito Federal / 1 canal
Espirito Santo / 7 canais
Goiás / 9 canais
Pará / 6 canais
Paraíba / 5 canais
Pernambuco / 12 canais
Paraná / 83 canais
— Carlos Eduardo Behrensdorf