O diretor de jornalismo, Rodolfo Schneider, a frente do microfone da emissora RIO DE JANEIRO, Brasil — Em 20 de maio de 2005, o Brasil ganhava mais uma rede de rádios, a BandNews FM, em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Por Érika Carvalhosa
É a primeira rede brasileira de emissoras de rádio em FM, com jornalismo 24 horas no ar. A cada 20 minutos é oferecido ao ouvinte um jornal completo e atualizado, pontuado pela opinião de seus âncoras e colunistas.
Nestes 20 minutos, são apresentadas as principais notícias do Brasil e do mundo, e abrem espaço para que cada uma das suas nove praças atuais – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Ribeirão Preto, e Fortaleza, divulgue notícias locais e preste serviço à sociedade.
Há oito anos, recém completados, a rede virou sinônimo de divulgação ágil de notícias nas principais capitais do país. Aliando a força jornalística do AM à modernidade e o alto astral do FM, a emissora, amparada pela credibilidade do Grupo Bandeirantes de Comunicação, tem as marcas da ousadia, da inovação e do bom humor.
A rede nasceu com um viés contemporâneo, no qual o foco deixa de ser o ouvinte de notícia tradicional e passa a atuar em um mercado de jovens adultos empreendedores, atingindo também as necessidades da mulher moderna e ativa. A rádio funciona como uma revista eletrônica, contando com um time incomparável de comentaristas e âncoras como Ricardo Boechat, Eduardo Barão, Sheila Magalhães, José Simão, Milton Neves, Mônica Bergamo, Dora Kramer, Ruy Castro, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Inês de Castro, Rosely Sayão, Milton Blay, entre outros.
Estúdio da BandNews Fluminense FM O papel da BandNews FM vai além de um simples veículo de comunicação: as notícias que traduzem o cotidiano das grandes metrópoles fazem parte do conteúdo da rádio, que integra as regiões do país por meio de sua rede. A emissora mantém sua característica nacional com forte atuação local em cada uma de suas praças.
Suas redações são formadas por profissionais vindos do rádio, da TV, da Internet e de veículos impressos. O fato de ser transmitida em FM e com programação intercalada por uma plástica moderna e marcante desenvolvida por Zuza Homem de Mello no estúdio Jam, em Dallas, Estados Unidos, dá à Rádio BandNews FM um caráter diferenciado.
A rede lança mão também de atingir o seu público não só pelo meio rádio, mas por novas mídias como Internet, celular e smartphones. A BandNews FM é reconhecida como uma rádio moderna que atrai cada vez mais o público formador de opinião, em busca de novidades, e que procura jornalismo ágil para se manter informado.
A BandNews Fluminense FM foi a primeira rádio de notícias em FM do Rio de Janeiro. Ocupando o dial de 94,9 MHz, tem como destaque na programação local o Jornal BandNews Rio, que vai ao ar de segunda a sexta, feira, das 9 horas às 11 horas e é apresentado pelos jornalistas Ricardo Boechat e Rodolfo Schneider, que também acumula o cargo de diretor de jornalismo da emissora.
A programação sempre tem novidades: colunas novas, programas diferentes, campanhas para aproximar a emissora dos ouvintes cada vez mais. “Criamos uma campanha para conscientizar as pessoas a não jogar lixo na cidade e, em breve, entrará no ar um novo programa do Rio, após a ‘Voz do Brasil’, mais voltado para cultura e entretenimento, além do serviço”, conta Schneider. Ele ressalta que é necessário a auto avaliação dos profissionais, ter atenção ao feedback dos ouvintes e buscar novos projetos para surpreender a audiência.
O repórter Pablo Ribeiro (sentado) em ação junto com a equipe da Rádio BandNews Fluminense FM No Rio de Janeiro, a emissora cresceu mais de 20 por cento na última audiência do IBOPE e, cada vez mais, conquista novos ouvintes em função do foco na agilidade da notícia e na prestação de serviço ao cidadão.
Segundo Rodolfo Schneider, os ouvintes querem se manter atualizados com as notícias e, principalmente, saber o que acontece perto da casa deles, em seus bairros. Outra característica da emissora carioca é tornar o ouvinte como fonte de informação. Se há um problema no metrô, por exemplo, o ouvinte pode ligar para a emissora e entrar no ar relatando o que está acontecendo. Essa é mais uma forma de prestação de serviço e valorização da audiência. “E é dando voz a eles que a BandNews Fluminense FM consegue fazer isso. Tudo aliado a uma programação com opiniões de âncoras, colunistas e comentaristas. E de um jeito leve, informal”, afirma Schneider.
Segundo ele, o maior desafio é gerenciar pessoas e fazer com que toda a equipe entenda a cara e o formato da rádio. “Colocamos o ouvinte como prioridade, sempre”.
No Brasil, o sistema de transmissão de rádio digital ainda não está definido, mas na BandNews Fluminense FM grande parte de sua infraestrutura já é digital. Segundo o diretor de tecnologia e operações, Ricardo Malkes, o país ainda engatinha nesta importante área. “Grande parte do mundo já implantou e testa sistemas como o IBOC (HD Radio) ou o DRM. A minha expectativa é que o sistema escolhido não exclua o parque de receptores de rádio existentes a curto prazo”.
Quando a questão é o papel do governo brasileiro na regulamentação e apoio à indústria radiofônica, o diretor explica que a concessão, regulamentação e fiscalização de canais de rádio são uma atribuição exclusivamente do governo federal. Mas que são poucas as ações ou incentivo às emissoras.
Para ele a diferença da indústria radiofônica do Brasil dos demais países da América Latina é que no Brasil o rádio é um instrumento fundamental de integração territorial e cultural em função da dimensão do país. “A instantaneidade das informações, portabilidade e acessibilidade fazem do rádio um veículo único. O brasileiro é um apaixonado por rádio”.
Na emissora carioca, a informatização e a digitalização já estão bem avançadas, tanto na produção do conteúdo jornalístico bem como na infraestrutura técnica dos estúdios em ambiente digital. Todo o acervo produzido e armazenado já é totalmente digital. “A operação tornou-se mais rápida e o de erro de processo foi praticamente extinto. A integração com os outros veículos do grupo e velocidade da troca de informações trouxeram uma nova forma de trabalho. As informações são simultâneas e disponíveis a todos instantaneamente”, afirma Malkes.
O diretor conta que a escolha dos equipamentos digitais, sobretudo os transmissores, vai depender das determinações do governo federal quanto ao sistema que será adotado. Já nos estúdios são usados protocolos digitais compatíveis universalmente. “Não utilizamos equipamentos com protocolos proprietários ou fechados. Nosso sistema irradiante é composto por antena com polarização vertical, da marca ERI, para alta potência, transmissores Broadcast Eletronics (BE) de 35 kW e gerador Heimer 115 KVA. O sinal é gerado através de link na banda de 950 MHz”.
Os estúdios são equipados por consoles AEQ, microfones Sennheiser, processador de microfone Symetrix, computadores das marcas HP e DELL e processador e gerador de estéreo Orban. Além desses equipamentos, são utilizados, para reportagens externas, gravadores digitais e, nas transmissões ao vivo, codecs Tieline e linhas digitais.
Malkes conta que os planos da emissora para o futuro na área de desenvolvimento tecnológico apontam para a adoção de mesas e sistema de distribuição que utilizem protocolo Live Wire.
— Érika Carvalhosa contribui com artigos para a Radio World do Rio de Janeiro, Brasil.